Ao
Ministério das Comunicações
MCom - Coordenação-Geral de Entidades Vinculadas
Esplanada dos Ministérios 
Bloco R, 8º Andar 
e Bloco A, 6º Andar 
CEP: 70044-902 
Brasília/DF
 

Pelo 5° ano seguido, os Correios registram lucros bilionários e estão longe de serem uma empresa ineficiente.

Os Correios obtiveram lucro líquido de R$ 3,7 bilhões em 2021, divulgado no último dia 17 de março pela direção da empresa e governo federal, esse é o melhor resultado dos últimos 22 anos e evidencia a importância e essencialidade dos Correios como empresa estatal em prol da população brasileira.

Sem contar com R$ 1,5 bilhão de reais e receita de 18 bilhões em 2020, sendo 10,3 bilhões provenientes de encomendas e logística e o restante gerado por mensagens e malotes. Entre 2002 e 2013, a ECT distribuiu à União - único e exclusivo acionista - mais de 7 bilhões, em valores reais, como dividendos.

No gráfico abaixo verificamos o lucro líquido obtido pelos Correios nos últimos 5 anos:

R$ 667 milhões de lucro em 2017
R$ 161 milhões de lucro em 2018
R$ 102 milhões de lucro em 2019
R$ 1,53 bilhão de lucro em 2020
R$ 3,7 bilhões de lucro em 2021

Os resultados acima contradizem os argumentos do governo federal, os Correios são extremamente lucrativos e rentáveis e a privatização (PL 591/21) não resultará em aumento da qualidade dos serviços, não garantirá a prestação do serviço postal universal nem ampliará os investimentos privados no setor. Inverdades visam camuflar uma das maiores barganhas do planeta, a venda de uma estrutura de comércio eletrônico bilionária pronta, com dimensões continentais, em um dos mercados que mais crescem no mundo e tem potencial para se expandir ainda mais, a taxas anuais de dois dígitos.

Vale ressaltar que os Correios são a única instituição pública presente em todos os 5.570 municípios e prestam um serviço relevante impossível de substituir pela iniciativa privada em um país de dimensões continentais.

Como a maior parte das agências lucrativas está no Sudeste e no Sul, há também subsídio cruzado inter-regional que viabiliza o atendimento nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Essa medida vai para o espaço em uma privatização, causando um apagão postal, aumento de tarifas e prejuízo aos usuários e regiões mais pobres.

Em 2019, por exemplo, foi premiada pelo segundo ano consecutivo como a melhor empresa de logística­ no e-commerce e arrebatou o troféu ABComm de inovação digital.

Sua rede de agências constitui a principal infraestrutura federal para as políticas públicas. Além de entregarem cartas e encomendas, também distribuem para o governo provas do Enem, livros didáticos, vacinas, remédios do SUS e urnas eletrônicas.

Vista erroneamente por alguns apenas como uma tradicional distribuidora de cartas, a empresa é também o principal player do e-commerce e responde por mais de 80% das entregas no Brasil, segundo dados de 2017 da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.

Os Correios têm tudo para ser uma potência, uma estatal extremamente lucrativa e eficiente. E com isso atender os cidadãos com enorme qualidade em todos os lugares do país, gerando lucros enormes que podem ser usados para reinvestir na própria ECT ou em outros setores, como a educação e a saúde, por exemplo.

É este Correios que queremos! É por ele que sempre lutaremos!